Rogério Silvério de Farias é um autor catarinense que se destaca como uma voz singular na literatura brasileira contemporânea, especialmente nos gêneros do conto e da poesia de horror filosófico. Sua produção literária é marcada por uma fusão ousada entre lirismo sombrio, reflexão existencial e atmosferas fantásticas, que evocam tanto o terror psicológico quanto o misticismo gnóstico.


📚 Contos: o terror como filosofia

A coletânea A Estrela e os Sonhos é um exemplo emblemático de sua maturidade estilística. Os contos ali reunidos não se limitam a provocar medo — eles convidam o leitor a refletir sobre a condição humana, a finitude, o absurdo e o mistério da existência. Farias constrói narrativas curtas com sofisticação, onde o horror não é apenas estético, mas também metafísico 

Outro destaque é A Procura de Stevatas e outras histórias, que reúne doze contos, entre eles “Sílvia de Monrabeth”, “Eles virão com a noite” e “Necropsia de um poeta obscuro”. Nestes textos, o autor mergulha em paisagens oníricas e decadentes, evocando imagens de bosques sombrios, colinas sinistras e flores fétidas — cenários que remetem à tradição de Poe e Lovecraft, mas com uma sensibilidade poética própria.


🖋️ Poesia: lirismo sombrio e transcendência

Embora menos documentada que sua prosa, a poesia de Farias compartilha da mesma atmosfera densa e filosófica. Seus versos são impregnados de uma espiritualidade inquieta, marcada por referências gnósticas e uma busca por transcendência em meio ao caos. O poeta não se contenta com o mundo visível — ele quer atravessar a “muralha da morte”, como sugere um dos títulos de seus contos, para alcançar o inominável.


🔍 Estilo e legado

  • Estilo narrativo: Denso, introspectivo, com vocabulário arcaico e imagens fortes.
  • Temas recorrentes: Morte, sonho, loucura, divindade, decadência, tempo.
  • Influências: Edgar Allan Poe, H.P. Lovecraft, simbolismo francês, filosofia gnóstica.
  • Contribuição: Farias é um dos raros autores brasileiros que elevam o horror à categoria de reflexão filosófica, sem perder o apelo estético e emocional.

Rogério Silvério de Farias não escreve para entreter — ele escreve para inquietar. Seus contos e poemas são convites ao abismo, à introspecção e à contemplação do mistério. Um autor que merece ser lido com atenção e reverência.

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